13 julho 2016

Quem É O Problema ?

O mundo poderia ser dividido entre dois opostos - ignorância e conhecimento. Ninguém em bom estado mental faria mal a si mesmo por querer. O mal surge da ignorância.

Há graus de ignorância, onde um ignorante de um tipo explora o ignorante de outro tipo. Enquanto o povo vive, em geral,  uma ignorância da falta de informação (frequentemente informações manipuladas e emburrecedoras) principalmente sobre as questões políticas e sociais; a classe política -  pertencente a classe dominante - (ou poder econômico) vive, em geral, uma ignorância do egoísmo, da mesquinhes...

Sim,  o povo (cidadãos e eleitores) tem responsabilidades, tem parte da culpa quanto aos problemas do país - mas concentrar no cidadão comum todo o problema significa absolver os políticos e tira -los do foco. O povo é como um menor incapaz frente a classe dominante (política, rica e controladora do conhecimento e da informação).

São os políticos quem convencem o povo de que resolverão seus problemas, chamando a responsabilidade para si, vendendo soluções muitas vezes locais e descartáveis para problemas persistentes, sólidos e globais. Ou seja: sabem  que farão pouco ou nada, mas vendem a imagem de que farão algo nunca antes visto, enganando um eleitorado que, em sua maior parte, compõe-se de analfabetos funcionais (como incapazes)

Constatação simples: políticos vivem bem, independentemente do país estar indo bem ou mau, enquanto o povo quase sempre vai mau.

O povo e, principalmente, os eleitores, têm que fazer sua parte - sem dúvida,  mas ninguém se governa por bom senso.  A oferta de instrução, de Educação, de bem estar - como também as leis e a fiscalização precisam estar presentes contribuindo com o bom-senso. 

O Estado, governado por políticos e pela classe dominante, é quem deveria oferecer um pouco de Educação e consciência para o povo se livrar da ignorância. É quase impossível deixar a ignorância por si só. No mínimo demoraria muito, muito tempo - gerações.

Não se ouve, no Exército, por exemplo, notícias de grande quantidade de soldados indisciplinados - as consequências são duras. A autoridade que os comanda é duramente rígida. Com este método não há muito espaço para preguiça, música imoral ou excesso de reclamações.

Não estou sugerindo o militarismo, apenas um Estado mais disciplinado, começando dos políticos, servidores e demais agentes públicos.

Com pessoas capazes e livres poderíamos ter,um dia, menos Estado ou até nenhum se for da vontade desse povo capaz.

Mas a figura do Tio Sam deixa uma dúvida. Pode representar um puxão de orelhas, mas pode representar o recrutamento de cidadãos para serem colocados na linha de frente do problema; enquanto os maiores responsáveis pelo problema se escondem atrás das gravatas e dos altos escalões do poder - agindo em parceria com o poder econômico (classe dominante) ou sendo o próprio.

Portanto, entendo que não devemos culpar o povo comum e o eleitorado. Talvez, numa escala de culpa, culpa-los por último.


Culparia uma sociedade adoentada ou doente; uma sociedade de consumo dominada por uma Corporocracia e um sistema sócio-econômico doentil que pode ser entendido como a raiz de todos os males de uma sociedade.

Resumindo: todos têm responsabilidades, mas quem está no poder político tem mais responsabilidades, são responsáveis pelo povo. Caso contrário, renunciem ao poder em nome de uma democracia direta!

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